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Há sete anos, minha esposa estava grávida de cinco meses. Nós estávamos indo para um ultrassom para ver o bebê e permitir que os médicos se certificassem de que tudo estava progredindo bem. Havíamos feito ultrassons três vezes com outros filhos e estávamos nos sentindo animados. Todos os nossos filhos nasceram saudáveis e achávamos que o ultrassom não demoraria muito.

Quando nos encontramos com o médico e o técnico de ultrassom, eles se referiram ao que viam como “seu filho”. Eles devem ter falado isso umas 50 vezes, dizendo coisas como “a mão do seu filho”, “o coração do seu filho”.

Então algo mudou.

Outro médico foi chamado para a sala e por 5 minutos fitou atentamente o coração do bebê. A sala estava em completo silêncio. Notei que minha esposa estava ficando incomodada, mas eu não estava entendendo muito bem a situação e achava que ela estava exagerando. Eu estava totalmente enganado. O médico começou a nos dizer que havia um tumor no coração do nosso filho e começou a explicar todos os cenários que poderíamos enfrentar.

Então o médico disse: “Se o feto for anormal e for um problema difícil de lidar, vocês têm opções.”

Não Mais um Filho?

A ligeira mudança nas palavras conta a história. Eu estava demasiado chocado para responder, mas depois me dei conta do que ele havia feito. O bebê que minha esposa carregava apenas seria uma criança, se quiséssemos ficar com ele. Houve mais de 4.000 abortos nos Estados Unidos no mesmo dia em que nos foi dada a opção de acrescer mais um. Nós tínhamos o direito de determinar se deixaríamos esta criança viver. Se não quiséssemos o bebê, era apenas um feto.

No fundo, há um lado egoísta em todos nós. Dizemos a nós mesmos que nunca faríamos _________ em nenhuma situação. Até que nos encontramos naquela situação e nossas mentes começam a perambular. Concebemos pensamentos egoístas. Afinal de contas, as crianças nos limitam. Uma criança com necessidades especiais mudaria drasticamente nossas vidas. O site da WebMD não nos davam muita esperança de que nosso filho seria saudável.

Naquele momento compreendi, de uma maneira nova, que a paternidade é uma alegre entrega do seu tempo. Conhecia muitas famílias maravilhosas que têm filhos com necessidades especiais, mas me perguntava se estaria preparado para a tarefa. Estaria disposto a matar meu filho, apesar de minha teologia? Arrazoaria que não seria uma boa vida para meu filho, ou que meus outros filhos seriam tão afetados negativamente que a decisão era realmente a respeito de “manejo”?

Lições Aprendidas

Três semanas depois, retornamos para outro ultrassom. A saliência no coração dele não era um tumor, mas uma variante normal. Aos olhos do médico, nosso feto se tornou uma criança novamente. Aos nossos olhos, nada havia mudado. Nunca tive a chance de escolher verdadeiramente pela vida em uma situação difícil; mas na realidade, a escolha nunca foi minha.

Meu filho está se agora aproximando dos 7 anos e já refleti sobre aquele evento muitas vezes. Ainda estou em choque com o que aconteceu naquele dia — não o choque da surpresa, mas o choque da tristeza e repugnância. À medida em que minha esposa e eu refletimos sobre aquela conversa ao longo dos anos, sentimo-nos grandemente impulsionados a ajudar o movimento “Right to Life” [Direito à Vida].

Aqui estão algumas coisas que as pessoas podem fazer para lutar pela vida de crianças nascituras.

Ore

Ore pelas mães que estão considerando um aborto, famílias que querem adotar crianças e médicos que ganham a vida abortando-os.

Empenhe-se

Participe de uma marcha pelo “Direito à Vida”. Converse com seus amigos favoráveis ao aborto de maneira sensata e pacífica. O livro de Scott Klusendorf, “The Case for Life: Equipping Christians to Engage the Culture” [Em Favor da Vida: Equipando Cristãos para Interagirem com a Cultura], pode ajudar nesse sentido. O melhor argumento é simples: pergunte gentilmente às pessoas com quem você está conversando sobre o que acham que a mãe está carregando. A maneira como respondem a esta pergunta norteará sua conversa. É impossível saber as possíveis repercussões de convencer uma pessoa para o lado pró-vida.

Seja Generoso

Considere dar dinheiro a um centro para grávidas em crise para uma máquina de ultrassom ou a um casal para ajudar a pagar seus custos de adoção.

Continue a desmascarar o mito de que os cristãos deixam de se importar com os bebês após estes nascerem. Você pode se surpreender com a quantidade de pessoas que creem nisto.

Considere a Adoção ou Servir de Lar Temporário

Tenho amigos que adotaram o filho de uma adolescente que, apesar dos desejos de seus pais, levou a gravidez a termo. Nossa família teve a alegria de abrigar temporariamente várias crianças, trazendo-as para casa alguns dias após o nascimento. Nós os amamos profundamente ao mesmo tempo em que visamos desmascarar o mito de que os cristãos não se importam com as crianças depois que nascem. Tivemos muitas oportunidades de falar sobre Jesus de modo natural, uma vez que essas crianças entraram em nossa casa.

Igrejas que propositadamente se envolvem nisso criam uma cultura que celebra e incentiva as famílias a adotarem ou acolherem temporariamente.

Ame Bem Seus Próprios Filhos

Eles são pequenos portadores da imagem de Deus que necessitam de um grande e misericordioso Salvador. Não quero ser conhecido como um defensor de crianças nascituras, mas não um defensor e provedor para meus próprios filhos.

Faça Mais

Existe algo mais que poderia ser feito? Sim! Ao mesmo tempo em que lamentamos a decisão judicial do caso Roe versus Wade e o que aconteceu recentemente em Nova York, devemos nos engajar de várias maneiras para cuidar dos nascituros, fazer algo para enfrentar as razões pelas quais as pessoas consideram abortar, treinar apologistas para defender os nascituros, criar vídeos e material impressos convincentes, defender crianças que precisam ser protegidas, abrir nossos lares aos órfãos, votar em políticos que proibirão o assassinato e muito mais.

Nada é o bastante por esta causa.

Traduzido por Luiz Santana.

 

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