Douglas Murray, homossexual assumido e autor do livro “A loucura da Massas”, faz uma análise interessante sobre o movimento LGBTQIA+. Segundo o autor, embora o movimento use a expressão “comunidade LGBT”, na verdade o que mais falta no movimento é comunidade.
A primeira divisão que há dentro da “comunidade” é entre homens e mulheres gays. Para o autor, “gays frequentemente caracterizam lésbicas como desmazeladas e entediantes” e (…) “lésbicas frequentemente caracterizam gay como tolos e incapazes de crescer”. Uma prova disso é que dificilmente eles se reúnem em espaços comunais, mas preferem ambientes separados para seus encontros.
Também há divisão entre os gays e os “bissexuais”, que segundo o autor, há sempre uma grande suspeita aos “B”, pois aparentemente são “gays em negação”.
Os “queers” não ficam fora desse conflito. Diferentemente dos gays, que desde o início buscam somente ser aceitos como todo mundo, os queers querem ser diferentes de todos e quebrar com qualquer ordem social, são revolucionários, acreditando que essa é única maneira de serem aceitos.
Essa constatação só reforça o fato de que embora haja um desejo bom no movimento por uma “comunidade”, desejo esse presente na ordem criacional divina, a sexualidade humana é incapaz de ser o ponto de sustentação dessa comunidade. A sexualidade é sempre instável demais para ser base para a construção de identidades.
E quanto à Parada Gay? É outro fracasso. Murray nos lembra de que ela surge tentando ser uma manifestação pelos diretos gays como foi a manifestação de Martin Luther King Jr. pelo movimento dos direitos civis. Mas desde o seu início ela tem fracassado profundamente.
Em 1963, Martin Luther King Jr. despertou o melhor em seus seguidores, apelando aos mais virtuosos instintos de seus antagonistas, todavia infelizmente o pedido de igualdade legal dos gays hoje em dia, tem sido misturado a elementos capazes de fazer “corar tanto homossexuais como heterossexuais”. Murray diz: “se o movimento pelos direitos civis dos negros tivesse incluído uma seção de fetiche, teria sido considerado fácil ignorar sua força moral”. É exatamente isso que vemos na tão aclamada Parada Gay.
E por falar em moral, a única descrição possível do evento é “crise moral”. Pessoas vestidas de animais, outros sendo guiados por coleiras andando de quatro sendo conduzidos por seus mestres, cenas de nudez e sexo a pleno luz do diz, revelam bem a animalidade da coisa. Aqueles transcendentais clássicos, guias do florescimento humano e cultural, bondade, verdade e beleza, passam longe dessas manifestações. E ao perderem essa bússola moral, se equiparam ao peregrino de Dante ao caminho do inferno: “Da nossa vida, em meio da jornada, achei-me numa selva tenebrosa, tendo perdido a verdadeira estrada.”
Apesar do aparente sucesso, o que percebemos é que tanto a comunidade quanto a Parada fracassam naquilo que advogam.