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Quando eu tinha 20 anos de idade, eu amava a minha vida. Era uma vida despreocupada e cheia de bons momentos. Escola, esportes, festas e namoradas ocupavam minha mente a maior parte do tempo.

Até que um dia que mudou minha vida para sempre.

Minha namorada e eu descobrimos que ela estava grávida. Não tínhamos planejado engravidar, mas ela engravidou. Quando ela me deu a notícia, eu estava um pouco nervoso, mas assegurei-lhe que iríamos descobrir uma maneira de resolver a situação. Este vago assentimento foi seguido por uma pergunta que me levou a um lugar em que nunca havia estado antes. Com olhos temerosos, ela olhou para mim e perguntou: “Você vai ficar comigo? Vai se casar comigo?”

Eu era jovem. Tinha esperanças, sonhos e planos. Tinha toda a minha vida a minha frente; não estava pronto para me casar ou para criar uma criança. Mas não tenho certeza de que estivesse pensando sobre isso exatamente desta forma, naquela época. Não sabia como pensar sobre duras realidades. Eu só operava baseado no momento.

Disse à minha namorada não estava pronto para me casar. Ela já sabia disso, mas as minhas palavras o confirmaram. Uma pessoa amiga dela lhe deu os $400 que precisávamos para fazer “o procedimento”, como as pessoas diziam. Eu estava junto quando ela tomou a pílula. Estava junto quando demos descarga no vaso sanitário levando nosso filho. Estava junto quando choramos, apesar de não sabermos bem por quê. E às vezes, ainda sinto que estou lá.

Deus Interveio

Penso sobre o fato de que nunca ouvi o riso do meu filho. Nunca fitamos os olhares pela primeira vez. Nunca vi um sorriso ou aplaudi primeiros passos. Nunca ouvi o som de leitura ou suportei infindáveis ​​perguntas sobre por que o mundo é do jeito que é. Infelizmente, perdi tudo isto porque não valorizava a vida do meu filho.

Meu filho teria 18 anos hoje. Eu estaria ansioso por ligações sobre como a vida longe de casa está indo.

Às vezes penso sobre estas coisas. Mas não me detenho nelas, porque Deus interveio.

Um ano após o aborto da minha namorada, um amigo compartilhou as boas novas de Jesus Cristo comigo. Comecei a ler a Bíblia e me convenci de que Jesus realmente era quem dizia ser. Aprendi que ele é o Salvador de pecadores, que morreu para tomar nossa punição e ressuscitou para estender o perdão. Pela graça de Deus, cri nessas verdades.

Um dos acontecimentos que o Senhor usou para me despertar foi o aborto. Através da sua Palavra, ele me mostrou que eu não era a boa pessoa que cria ser. Ao contrário, eu era uma pessoa tão apaixonada por mim mesmo, que concordei em acabar com a vida do meu próprio filho, para manter a minha na direção que queria.

Mas é aqui que o evangelho brilha a luz na escuridão com raios de esperança que dá vida. Isaías 53.5 diz sobre Jesus: “Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e esmagado por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados”. O Filho de Deus desceu de seu trono de glória para entrar em nosso mundo de perversão e absorver o castigo que nós merecíamos. Ele foi ferido por minhas transgressões para que eu pudesse me tornar inocente. Foi esmagado por meus pecados para que eu não fosse condenado. Foi punido para que eu pudesse conhecer a paz com Deus.

Consolo, Graça, e Culpa

Além de ser verdade que Jesus nos dá paz com Deus, ele também nos dá a paz de Deus, a todos os que nele confiam. Ele traz cura para as cicatrizes que o pecado deixou. Através de Cristo, Deus nos diz: “Consolai, consolai o meu povo”, e fornece uma paz que o mundo não nos pode dar (Is. 40.1; João 14.27).

Então, hoje, quando olho para o que fiz, posso ainda sentir tristeza, mas há um consolo que o Pai de misericórdias dá em meio à mesma. Não é um consolo que diz: “Está tudo bem, não se sinta mal”, mas sim, “Não tenha medo, está perdoado.” E é a partir deste consolo que escrevo estas palavras. Pela graça de Deus, Jesus não apenas perdoa pecadores como eu; ele se deleita em usá-los para ajudar a outros.

Paulo coloca desta forma: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e Deus de toda a consolação, que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, pela consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus.” (2Co. 1.3–4).

Jesus entrou em meu mundo danificado e me deu consolo quando eu merecia condenação. Ele me deu amor enquanto me recusei a oferecê-lo. Me deu misericórdia enquanto eu havia agido de maneira sanguinária. Por quê? Uma razão é para que eu possa compartilhar Sua graça com outras pessoas que enfrentam fragilidades semelhantes.

Amigo, não sei nada sobre você. Mas o Senhor Jesus Cristo sabe. Ele sabe onde você esteve e o que fez. Você pode ter uma história como a minha, ou pode ser alguém que se gaba de que não tem tal tipo de pecado. De qualquer maneira, a graça de Deus é suficiente para cobrir sua transgressão e dar consolo em seu lugar. Olhe para Jesus e encontre consolo, e, em seguida, dê Seu consolo a outras pessoas que também necessitam dele.

Traduzido por Will Jessie Dias.

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