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Há alguns anos, reli a brilhante biografia de George Whitefield, por Thomas Kidd, e lembrei-me novamente da unção espiritual que proporcionou a Whitefield uma resposta sem precedentes à sua simples pregação do evangelho.

Quando Whitefield pregava, a multidão ficava alucinada. Alguns vinham para interrompê-lo. Alguns vinham atacá-lo fisicamente. Houveram várias tentativas de morte contra ele. Mas muitos ficavam extasiados de comoção. Ele pregava, e as pessoas bradavam, caíam ao chão como se decimadas pelo Espírito, gritavam, rasgavam suas roupas, dominadas por uma espécie de alegria e convicção carismática.

E embora ele fosse um pregador dinâmico, não era apenas sua pregação que causava tal efeito. Outros tomaram os sermões impressos de Whitefield e os pregaram em seus próprios púlpitos, e o caos resultante do evangelho era quase o mesmo.

Então, ao ler sobre toda essa incrível resposta na biografia de Kidd, pensei comigo mesmo: vou pegar alguns desses sermões. Queria ver o que poderia acontecer comigo!

Comprei uma coleção de dois volumes de sermões de Whitefield e comecei a estudá-los imediatamente. Li um sermão, depois outro. Li mais alguns. Continuei a ler.

E. . . bem, não aconteceu nada. Nem gritos, nem desmaios. Eu não rasguei minha camisa nem nada parecido. São bons sermões. Tal como a pregação de Spurgeon, a exposição de Whitefield é caracteristicamente narrativa, cheia de imagens. Sua teologia não é arrebatadora. Ele mostra fielmente a Jesus em textos curtos e pregando para o “homem comum”.

Quero dizer, são bons sermões. Mas nada profundamente impressionante aconteceu comigo. Até—

Eu me deparei com um sermão específico chamado “Cristo, o Melhor Marido”. Bem, eu já sabia algo sobre esta mensagem pela biografia de Kidd, porque Kidd dedicou algum tempo relatando suas circunstâncias e consequências. Notem, “Cristo, o Melhor Marido” foi escrito e dirigido principalmente para mulheres jovens — especificamente, para jovens mulheres solteiras, talvez aspirando ao casamento.

Eu estava lendo em um lugar público, e ao ler este sermão dirigido às damas, comecei a chorar diante de Deus e de todos. Esta é a parte que me impactou:

Considere quem é o Senhor Jesus, a quem você é convidada a se esposar. Ele é o melhor marido. Não há ninguém que seja comparável a Jesus Cristo. Você deseja um marido que seja ótimo? Ele é da mais alta dignidade, ele é a glória dos céus, o queridinho da eternidade, admirado pelos anjos, temido pelos demônios e adorado pelos santos. Para você ser esposada por um rei tão grande, que honra você terá por esta união?

Você deseja um esposo que seja rico? Ninguém é comparável a Cristo; a plenitude da terra pertence a ele. Se você for desposada por Cristo, você compartilhará de suas riquezas insondáveis. Você receberá de sua plenitude, graça por graça igualmente aqui e posteriormente será admitida na glória e viverá com este Jesus por toda a eternidade.

Você deseja um esposo que seja sábio? Não há ninguém comparável a Cristo em sabedoria. Seu conhecimento é infinito e sua sabedoria é correspondente a tal conhecimento. E se você for esposada por Cristo, ele a guiará e aconselhará e a fará sábia para a salvação.

Você deseja alguém que seja forte, que possa defendê-la contra seus inimigos e todos os insultos e repreensões dos fariseus desta geração? Não há ninguém que possa se igualar a Cristo em poder, pois o Senhor Jesus Cristo tem todo o poder.

Você deseja um esposo que seja bom? Não há ninguém semelhante a Cristo a este respeito; outros podem ter alguma bondade, mas é imperfeita. A bondade de Cristo é completa e perfeita, ele é pleno de bondade e nele não habita o mal.

Você deseja um esposo que seja lindo? Seus olhos são os mais cintilantes, sua aparência e seus olhares são arrebatadores, seus sorrisos são os mais agradáveis ​​e refrescantes para a alma. Cristo é a pessoa mais adorável dentre todas no mundo.

Você deseja um esposo que possa amá-la? Ninguém pode amá-la como Cristo: Seu amor, minhas queridas irmãs, é incompreensível; seu amor supera todos os outros amores: O amor do Senhor Jesus é o primeiro, sem começo. Seu amor é livre, sem qualquer causa. Seu amor é enorme, sem qualquer medida. Seu amor é constante, sem qualquer mudança e seu amor é eterno.

Tudo o que buscamos em qualquer outro lugar, exceto Deus, só pode ser encontrado em Deus!

Toda grandeza, toda riqueza, toda sabedoria, todo poder, toda bondade, toda beleza e todo amor que ansiamos só podem ser encontrados nele, e nele encontramos o ápice de todas estas virtudes e muito mais. Mesmo as melhores versões terrenas destas virtudes são apenas débeis substitutos. Até mesmo o casamento mais alegre, a paternidade mais abençoada, o mais adorável dos bebês virtualmente desaparecem na radiância de sua mais alegre alegria, mais abençoada bem-aventurança, mais adorável adorabilidade, tal como as estrelas desaparecem quando nasce o sol.

Nota do autor: Uma versão deste post apareceu anteriormente em meu livro The Imperfect Disciple [O Discípulo Imperfeito].

Traduzido por Thaisa Marques

 

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