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1. Uma explosão de filantropia radical.

A maioria das pessoas não entram em “modo filantrópico” e doam grandes somas de dinheiro até ficarem muito ricas. No entanto, estudos demonstram que os cristãos adotam uma mentalidade filantrópica muito mais cedo, antes que uma riqueza significativa tenha se acumulado.

Uma explosão da graça de Deus levaria seu povo a limitar seu estilo de vida e consumo, a fim de doar quantias surpreendentes. Creio que os doadores cristãos poderiam aprender a ser mais não-paternalistas e envolvidos com comunidades com necessidades, e melhores parceiros com aqueles que lideram várias instituições de caridade e ministérios.

2. Um aumento da civilidade e do pluralismo verdadeiro.

Mesmo em culturas ocidentais democráticas, os grupos que detêm as rédeas do poder cultural sempre excluíram e silenciaram as vozes impopulares e os pontos de vista minoritários, não apenas os considerando como equivocados, mas como desprezíveis e inaceitáveis. Nunca houve uma sociedade genuinamente pluralista, em que todos os pontos de vista tivessem o direito de serem ouvidos sem marginalização e difamação.

Pessoas tornadas humildes pelo evangelho poderiam trabalhar com os outros para a criação de uma cultura em que pessoas de crenças profundamente diferentes finalmente sejam livres para expressar quem são e praticar o que creem. E se os cristãos tratarem os outros com respeito, pode ser que sejamos tratados com respeito semelhante.

3. A reconquista cultural da “vocação”.

Na obra Habits of the Heart [Hábitos do Coração], Robert Bellah argumentou que a “sacralidade do indivíduo” (da escolha individual e da felicidade) não foi compensada em nossa cultura (como ocorria no passado) pelo caráter sagrado de qualquer outra coisa. Nossa cultura não tem nada mais importante do que a liberdade individual a nos unir. Como resultado, a teia social está se esvaindo.

Mas Bellah crê que há algo que poderia ajudar a renovar a cultura, ou seja, a “reapropriação da idéia de vocação ou chamado”. Ou seja, o trabalho como “uma contribuição para o bem de todos e não apenas como um meio para o próprio progresso” (Habits of the Heart [Hábitos do Coração], 287–288). Se os cristãos da cidade de Nova York demonstrassem como isto poderia se tornar uma realidade, isto poderia começar a se espalhar por todo o país. Entre outras coisas, isso implicaria uma maior integridade em nosso trabalho, e lugares de trabalho e semanas de trabalho mais humanos.

4. Esperança e comunidade nas artes.

A arte contemporânea é dominada ou pela teoria crítica ou pelo comercialismo. Uma grande parte das artes visam transgredir e desmantelar todas as normas sociais, para libertar o indivíduo. Ou são projetadas de modo a criar uma provocação e assim atrair visualizações e renda. É possível que os cristãos transformados pelo evangelho nas artes tragam muito mais esperança e menos niilismo, e possam expressar visões de comunidade e de valores compartidos.

Se houvesse centenas de milhares de cristãos adicionais trabalhando no setor financeiro, no governo, na mídia, no mundo das artes e nas fundações e organizações não governamentais da cidade de Nova York, isto poderia ter um impacto muito maior do que podemos imaginar e ser de verdadeiro benefício para todos.

Seria um exagero imaginar que o “sal” que os cristãos podem trazer à nossa cultura poderia levar a uma curiosidade sobre a “luz” que nos motiva?

Nota dos editores: este artigo é adaptado da edição de novembro de 2015 do Redeemer Report [Relatório Redeemer].

Traduzido por Raul Flores.

 

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