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Como mãe, existem certas pessoas que gosto muito de visitar com meus filhos. São pessoas que escondem suas coisas frágeis, pegam um quebra-cabeça ou alguns carrinhos de brincar ou abrem um novo pote de manteiga de amendoim cremosa. São pessoas que fazem questão de dar abraços nos meus filhos e mostrar a eles onde fica o banheiro, por precaução. São pessoas que meus filhos também gostam de visitar. Em suas casas, meus filhos sentem-se bem-vindos.

Em nossa igreja, também, meus filhos (de 7, 7 e 9 anos) tiveram o privilégio de serem bem-vindos no culto de louvor. E, como mãe, sou grata por cada congregação que se esforça para afirmar que os louvores murmurados das crianças são preciosos para Deus, suas preocupações são bem-vindas aos Seus ouvidos, e as suas almas são frequentemente incluídas em Seu reino (Sl. 8.2, Mateus 19.13-14).

Nāo creio que as seguintes sugestões abaixo sejam uma lista exaustiva de como incluir as crianças nos cultos de louvor da igreja local. São simplesmente quatro coisas que têm sido uma bênção para minha família. Têm também a vantagem de serem simples e serem aplicáveis à qualquer cultura de igreja. Não requerem pessoal nem reuniões de planejamento, nem fundos. Elas simplesmente exigem que nós, tal como nosso Salvador, prestemos atenção aos corpos e almas jovens entre nós.

1. Cumprimente as crianças pelo nome.

Dar as boas vindas às crianças para o culto de louvor, começa na porta da igreja. É ali que, após estarem separados por vezes por uma semana inteira, o povo de Deus se alegra ao ver uns aos outros novamente face a face. E por sermos ordenados a saudar “todos os irmãos” (1 Ts. 5:26), incluímos também as crianças.

Tenho dois filhos, que se parecem muito. São quase da mesma idade, quase da mesma altura, e, geralmente, usam cortes de cabelo iguais. Às vezes é difícil para as pessoas distingui-los. Meus meninos demonstram paciência com membros da igreja que os chamam pelo nome errado. No entanto, aqueles irmãos que se esforçam para lembrar seus nomes, conhecê-los como indivíduos distintos, são a razão pela qual correm para a porta da igreja nas manhãs de domingo com sorrisos em seus rostos .

Igualmente importantes são as pessoas que se certificam de que meus filhos saibam seus nomes. As crianças estão geralmente em desvantagem quando se trata de apresentações; nem sempre é claro qual a forma educada de tratamento que está disponível para eles em um contexto particular. Então, eles são deixados à vontade por alguém disposto a deixar isso claro desde o início: “Olá! Sou a Senhora Hill. Qual é o seu nome?”

Quando crentes conhecem e são conhecidos pelas crianças que adoram ao seu lado a cada semana, eles comunicam que as crianças são valiosas e até mesmo essenciais (1 Cor. 12.22), para nossa vida corporativa. Com um aperto de mão e um sorriso, comunicam aos meus filhos que eles são bem-vindos.

2. Leia e pregue a partir da mesma versão da Bíblia todas as semanas.

Como adulta, eu entendo. Uma versão pode ser a tradução mais fiel do texto. Outra é mais fácil de se ler em voz alta para este texto. Uma terceira versão poderá soar mais atualizada aqui. Uma quarta versão pode soar mais familiar. Por isso, algumas igrejas variam as versões de semana a semana.

Mas para crianças recém-alfabetizadas, escutar uma coisa com os ouvidos e ler um texto que diz outra coisa, é desconcertante. Mesmo a transposição de duas frases ou a substituição de uma única palavra pode rapidamente confundir leitores principiantes ou em desenvolvimento, que se esforçam para acompanhar em suas próprias Bíblias.

Quando minha igreja usa de forma consistente uma única versão da Bíblia, isto torna mais fácil para meus filhos lerem, memorizarem e meditarem sobre ela.

Num domingo recente, enquanto um ancião lia do púlpito o texto das Escrituras em voz alta, meus filhos se inclinaram sobre suas Bíblias. De repente, meu filho me cutucou o braço. “Mamãe!” ele sussurrou: “Nós conhecemos este! É o meu versículo para decorar”. Naquele momento, a leitura da Escritura tornou-se uma oportunidade para a sua participação, para que ele fosse lendo baixinho as palavras que ele já conhecia, enquanto ele entusiasmadamente realçava cada palavra com seu dedo rechonchudo.

3. Usem hinários para cantar ou distribuam música e letras impressas.

A maioria das crianças gosta de cantar. De todos os elementos de culto corporativo, o canto é provavelmente o mais fácil para elas participarem, é a maneira mais óbvia para que contribuam significativamente, e a melhor oportunidade para que elas se sintam parte da congregação.

Mas projetar letras numa tela pode derrotar os mais pequenos antes mesmo de abrirem a boca. Por um lado, os meus filhos são muitas vezes demasiado pequenos para verem a tela se tiverem pela frente um jovem de 1,93m. Por outro lado, muitas crianças pequenas necessitam acompanhar a leitura com os dedos, a fim de não perder o lugar. Ter cópias impressas dos salmos ou hinos tem ajudado meus filhos a aprenderem as músicas de cor e tornarem-se confiantes ao cantar louvores que o próprio Deus ordenou (Mat. 21.14-16)

4. Mencione especificamente as crianças em oração e na pregação.

Tal como eu, talvez você se lembre de momentos de sua própria infância, quando a voz do púlpito chegou aos seus ouvidos como o som de um adulto no desenho animado Peanuts: “Wah Wah Wah”. Seja por causa de letargia pecaminosa, dos dispositivos do maligno, ou simples fraqueza humana, as crianças muitas vezes têm problemas para conectarem as orações e a pregação com suas vidas.

É por isso que é importante orar por elas. Quando os anciãos de minha igreja oram publicamente no culto de louvor pelas crianças, mencionando especificamente seus esforços em casa e na escola, pedindo a cura de suas doenças físicas e, especialmente, implorando por sua salvação, meus filhos vêm que são bem-vindos perante o trono e encorajados a buscarem ajuda lá. Além disso, a oração pública faz das preocupações das crianças as preocupações de toda a congregação, unindo-nos a todos para levarmos nossas cargas até ao Senhor.

Também na pregação, pastores podem abordar claramente as crianças. Já ví os olhos dos meus filhos alargarem-se de repente no meio de um sermão quando ouviram: “Crianças, aqui têm como vocês podem aplicar este versículo”

Mencionando especificamente as crianças no sermão os lembra que os mandamentos das Escrituras são mandamentos para eles. Além do mais, falar do púlpito diretamente às crianças, os assegura que a oferta do evangelho é uma oferta para eles. Sou muito grata por cada pastor que ternamente diz: “Crianças, aqui está a vossa grande esperança! Olhe para Jesus, o único Salvador dos pecadores!”

Não poderia pedir uma melhor boas-vindas para meus filhos.

Traduzido por Seumas Dóchas.

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