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O Filho do Pastor: Minha Infância Feliz

Ser filho de pastor é incrível e, de fato, eu diria que nascer filho de pastor foi um dos maiores presentes que Deus já me deu. Quando eu paro pra pensar em todos os milhões de crianças que nasceram sendo filhos ou filhas de, por exemplo, um fazendeiro hindu na Índia, ou de um dono de loja agnóstico na China, eu fico impressionado com a bondade de Deus por ser filho de um pregador fiel do Evangelho nos Estados Unidos. Meu pai teve o cuidado de me ensinar e de viver o Evangelho por toda a minha infância, e eu sempre tive certeza de que meu pai realmente gostava do seu relacionamento com Jesus.

Embora eu saiba que nem todos os filhos de pastor têm um pai tão bom quanto o meu, não creio que a vocação destes pais seja a culpada por isso. Portanto, permita-me mostrar apenas algumas razões pelas quais ser um filho de pastor é um presente de Deus, além de ser uma ótima vida.

O Fator Pai Incrível

Geralmente homens têm bons motivos para se tornarem pastores: eles têm dons para o ministério, amam a Palavra de Deus e a igreja reconhece estes dons neles. Os pastores, em geral, são fiéis em ler a Palavra de Deus e fiéis a vivê-la, uma vez que, como pastores, são responsáveis ​​perante toda a congregação que têm a expectativa de que eles realmente obedeçam à Palavra de Deus. Todos esses são bons ingredientes para fazer um ótimo pai.

Quando eu era criança meu pai era meu herói, e eu amava o fato de tantas pessoas em nossa comunidade se espelharem nele. Ele explicava otimamente a verdade de Deus para minha irmã e para mim, em grande parte porque ele tinha muita prática em explicar a Bíblia. Claro que ele era muito ocupado, mas, todos os homens de sucesso também não são ocupados? Pelo menos ele não tinha que viajar toda semana como os pais de muitos dos meus amigos, e seu local de trabalho estava sempre aberto para mim. Pra mim, o que ele fazia o dia todo nunca foi um mistério, e eu sempre me senti bem recebido na igreja.

Além disso, estar no ministério deu a ele oportunidades que a maioria dos homens não têm. Por exemplo, meu pai era o capelão do meu time de futebol americano na escola, por isso, ele podia ficar ao lado do campo comigo durante os jogos. Quando eu fazia uma jogada boa ou perdia uma defesa importante, meu pai estava sempre ali para me encorajar e me levantar de novo. Todos os pais dos outros garotos estavam sentados nas arquibancadas ou chegavam tarde por causa de alguma viagem de negócios.

O Fator Igreja

Pela graça de Deus eu me tornei um cristão ainda jovem, mas mesmo antes de amar a Jesus eu já amava a igreja. Quando você é filho de pastor a igreja vira um tipo de segunda casa. Sempre me senti à vontade na igreja e, mesmo ainda muito jovem, percebia sua importância. Quando missionários vinham pregar na igreja eu gostava de jantar com eles e ouvia em primeira mão sobre as coisas incríveis que Deus estava fazendo ao redor do mundo. Se a minha banda de rock da escola precisava de um lugar para ensaiar, a gente tinha dezenas de milhares de dólares em equipamentos de som à nossa disposição, e, até que você tenha jogado futebol nos bancos da igreja com seu pai, você não viveu a vida de verdade.

Além de todas as vantagens de ser filho de pastor, eu também aprendi muito sobre o ministério. Ainda criança, fiz visitas hospitalares com meu pai e o vi orando com uma família totalmente desesperançada. Observei meu pai compartilhar o Evangelho com as pessoas e testemunhei pessoas chegando a Cristo. Aprendi sobre a compaixão, a hospitalidade e o amor. Ouvi e vi as histórias mais incríveis de transformação pelo Evangelho. A igreja se tornou uma parte integral de mim ainda muito jovem, de uma maneira que nunca teria sido se meu pai fosse um advogado ou um bancário.

O Fator Chamado

Os pastores falam muito sobre o chamado. Numa noite recente, ouvi um pregador dizer: “Você não está naquele bairro ou emprego por acaso. Você não sabe que Deus te chamou para lá?” Este tipo de “chamado” providencial de Deus se aplica a todos os que estão em Cristo. Como cristão e como filho de pastor eu sentia genuinamente que Deus me havia dado um chamado especial. Meu pai nunca me explicou sobre esse chamado nem colocou esta expectativa sobre mim. Mesmo assim, sempre me senti honrado por ser filho de pastor e de ter as outras crianças no ministério infantil, e depois no ministério de jovens, se espelhando em mim. Homens precisam de exemplos, mulheres precisam de exemplos e crianças precisam de exemplos. Quando os filhos do pastor amam ao Senhor e vivem fielmente como discípulos, toda a igreja é incentivada com aquele exemplo que é absolutamente necessário para as outras famílias.

Para ser claro, eu não era perfeito, mas era cristão. Assim como esperamos que qualquer um que serve o Rei dos reis o faça com fidelidade, convicção e alegria, devemos esperar exatamente o mesmo se o pai deles for o pastor.

Sei que ser filho de pastor às vezes pode ser difícil, mas ser filho de um vendedor de produtos farmacêuticos que viaja toda semana, ou ser a filha de um treinador de futebol depois da derrota em um campeonato, também pode ser difícil. Tive um ótimo pai que superou os desafios do ministério para me fazer sentir amado e importante. Sempre tive certeza de que minha mãe, minha irmã e eu éramos para ele os seus três membros favoritos da igreja. Sempre considerarei uma grande honra ser o filho do pastor John Dees. Ele é um ótimo pastor, mas é um pai ainda melhor.

Traduzido por David Bello Bondarenco.

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