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3 Maneiras de Ajudar os Visitantes a se Sentirem Bem-Vindos em Sua Igreja

Honestamente, isto não deveria ser tão difícil.

Mas muitas vezes fazemos com que seja realmente difícil para a maioria dos “desigrejados” ou “visitantes” que adentram as portas da igreja. A condição deles como “é claro que não são dos nossos” é incontestável a partir do momento em que são recebidos por uma equipe excessivamente entusiasmada de animadores de torcida desajeitados, convidando-os para o lugar mais feliz da terra, ou por um agrupamento de pessoas assustadas, implorando a Deus para que não tenham que fazer contato visual com os recém-chegados.

A razão pela qual comecei assim é porque a jornada do não crente à sua igreja frequentemente começa assim.

Portanto, o que podemos fazer para ajudar pessoas de fora a se sentirem bem-vindas, sem transformarmos a igreja em uma mesa onde cada um se serve do que deseja ou em um restaurante do tipo self-service evangélico? Em outras palavras, como podemos tornar o Evangelho compreensível para aqueles que têm pouca ou nenhuma relação com ele? Minha sugestão é simplesmente esta: devemos usar a hospitalidade do Evangelho a fim de apresentar um convite à realidade do Evangelho.

A Hospitalidade do Evangelho

“Conforto” não precisa ser sempre uma palavra maldita de oito letras dentro da igreja. O primeiro pensamento que provavelmente vem à mente de uma pessoa quando ela entra em uma igreja é “Vou me sentir confortável aqui?” É uma pergunta válida. Aqui estão duas maneiras simples de demonstrar a hospitalidade do Evangelho na igreja.

Seja amigável.

A maior parte dos visitantes não terá problema com cristãos que são genuinamente amigáveis e gentis com eles. É uma tragédia que tantas igrejas tenham problemas nesta área. Percebi que, na realidade, a amabilidade necessita ser ensinada.

Em nossa igreja temos uma diaconisa de hospitalidade, chamada Jillian, que ensina nosso povo a ser amigável. Nunca devemos pressupor que as pessoas saibam como ser amigáveis. Os membros da igreja necessitam saber que demonstrar o amor de Cristo começa por ter um interesse genuíno e hospitaleiro pelas pessoas que Deus traz até nós.

Seja prestativo.

Entrar numa nova igreja pode ser desconcertante. Independentemente do tamanho do seu edifício, para um estranho pode parecer assustador e espantoso. Parte de ser amigável é responder a perguntas que as pessoas possam ter, mas que talvez hesitem em fazer. Se você estiver em um espaço de encontro onde o fluxo não seja tão óbvio, certifique-se de que as pessoas saibam quem você é, para onde elas devem ir e que você está disposto a responder a qualquer dúvida que ainda exista. São coisas básicas, eu sei, mas não consigo contar o número de igrejas que conheço que fazem os recém-chegados se sentirem como que entrando em um labirinto.

Quando uma pessoa é bem ajudada, com uma hospitalidade amistosa, prestativa e orientada pelo Evangelho, recebe um convite implícito para ouvir a realidade inquietante do Evangelho.

Quais são algumas maneiras de fazer isto? Aqui estão três.

1. Reconheça os Visitantes

“Portai-vos com sabedoria para os que são de fora; aproveitai as oportunidades”. (Cl 4.5)

Quer isto seja feito no início, ao fim ou durante o culto, reconheça respeitosamente aqueles que vieram e não se consideram seguidores de Cristo. Longe de ser exclusivo, isto comunica que pessoas com uma diversidade de crenças, perspectivas e visões de mundo têm um lugar valioso nos bancos de sua igreja. É uma oportunidade para quebrar alguns dos estereótipos perpetuados por pastores que “falam de maneira superior” aos perdidos. Em vez disso, podemos falar favoravelmente da Graça de Cristo àqueles que vivem na ausência de seu favor.

2. Evite o Linguajar dos de Casa

“A vossa palavra seja sempre agradável[…].” (Cl 4.6)

Não quero dizer que se deve evitar usar palavras tais como propiciação, justificação ou santificação. Explique bem estes termos, pois eles comunicam a Graça de Cristo. Falo sobre evitar o uso de linguagem familiar aos de casa, mas que faz alguém se sentir como se tivesse acabado de entrar em um clube exclusivo, onde senhas secretas e apertos de mão exclusivos são normas a serem seguidas.

Evite usar acrônimos e apelidos engraçadinhos para ministérios e eventos que tornem impossível para qualquer um que esteja presente pela primeira vez a um culto de domingo saber do que se está falando.

3. Aceite a Loucura

“Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus.” (1 Co 1.18)

Paulo nos diz que a mensagem da cruz é loucura para aqueles que não foram salvos por ela. Se isto é verdade, esta é uma mensagem que não necessita ser enfeitada. Nem pode ser. Sim, necessita ser clara e convincente, mas necessita ser pregada por homens que não temem a natureza condenatória de seu conteúdo. Um Evangelho movido pelo conforto deixa de articular o alarmante desconforto de um Cristo sofredor. É o que Paulo diz que necessita ser compreendido à cada vez que um pregador abre a boca.

Não há truques ou artifícios para garantir que visitantes automaticamente se sintam bem-vindos em sua igreja, embora muitas igrejas façam coisas tolas e constrangedoras para vender ao mundo um produto que nunca fez parte daquilo que a igreja necessita proclamar. Sabemos que quando o Evangelho é praticado de maneira hospitaleira e pregado com humildade, o Espírito se agrada em salvar muitos dos que estão perecendo e trazê-los para a comunidade do Filho, que foi comprada por sangue.

Traduzido por Abner Arrais

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