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O Divórcio Não é Sempre Pecado

Mesmo ao escrever este artigo, eu percebo que alguns podem interpretar as minhas palavras como sendo “suaves” nas questões de casamento e divórcio. Creio que o pecado é sempre e necessariamente o culpado quando um casamento termina em divórcio. Todas as vezes. Sem exceção. No entanto, o divórcio em si nem sempre é pecado. Ele pode ser pecaminoso, é claro, mas não é necessariamente assim. O problema surge quando a compaixão por aqueles que experimentaram o divórcio fica espremida em uma tentativa de desenhar linhas limpas e suaves de demarcação na guerra cultural.

Esta reação é, na realidade, um primo do saudável e próspero evangelho — aquele em que nós imaginamos ter Jesus já erradicado completamente os efeitos da queda para aqueles que são contados como sua noiva. Durante meses seguintes ao meu divórcio, parecia que eu estava usando um “D” escarlate no meu peito na igreja. Eu imagino que é um pouco como andar em uma igreja da prosperidade com buracos em minhas roupas e um caso de sarampo. Eu não posso ser contado entre os fiéis se sua teologia dita que vida fiel significa sobreviver incólume.

Jesus um dia vai voltar e reverter a queda deste mundo. Os efeitos do pecado serão eliminados a partir de nossos corações junto com as lágrimas dos nossos olhos. Mas esse dia ainda não chegou. Nós ainda vivemos com as consequências do pecado. Ainda não há utopia, nem a incólume terra prometida, nem mesmo a igreja. Talvez eu precisava do lembrete mais do que a maioria, e é por isso que Deus permitiu que eu andasse pelo vale em que andei. Mas vamos lembrar que não estamos em casa ainda, que todos nós andamos sem firmeza deste lado do céu, e que estimular um ao outro sobre a santidade é um ato de bondade, não uma arma na guerra cultural.

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