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A História: De acordo com um novo estudo sobre ateus adultos, quanto menos os pais agem em conformidade com suas crenças religiosas, maior é a probabilidade que seus filhos se afastem da fé.

Os Antecedentes: Em 2009 o professor de psicologia Joseph Henrich propôs a ideia de Aparência Realçadora de Credibilidade (Credibility Enhancing Displays – CREDs) para descrever pessoas que comunicam crer em uma coisa, mas que na verdade creem em outra coisa ou têm um nível baixo de comprometimento com sua crença. Por exemplo, os pesquisadores descobriram que a exposição no passado à CRED — tal como ter contato com pessoas que se envolvem em atividades religiosas — é uma variável importante para prever quem se tornará ou não um religioso de verdade.

Um estudo publicado recentemente na revista Religion, Brain & Behavior [A Religião, O Cérebro e O Comportamento] usou o conceito de CREDs para determinar em que momento uma pessoa rejeita as crenças religiosas que lhe foram passadas durante sua formação.

O estudo questionou milhares de ateus para avaliar a capacidade dos CREDs em prever a idade em que um indivíduo se tornaria ateu. Em uma primeira análise, os CREDs foram associados positivamente a um retardo na idade em que uma pessoa se torna ateu, com variáveis ​​religiosas de nível familiar (importância religiosa, escolha religiosa e conflito religioso) moderando esta relação. Em uma segunda análise, os CREDs permaneceram como um indicador estável na previsão da idade em que um indivíduo se tornou ateu quando outros aspectos eram controlados, tais como a demografia, a qualidade da criação pelos pais, variáveis ​​religiosas, variáveis ​​relacionais e variáveis ​​institucionais.

A pesquisa descobriu que a importância da religião (ou seja, famílias em que os pais agiam de acordo com suas crenças religiosas) podia prever um retardo na idade em que as pessoas se tornavam ateias, enquanto a escolha (deixar as decisões de fé nas mãos das crianças) e os conflitos dentro da família aceleravam o processo.

O Que Isto Significa: as conclusões do estudo não são exatamente encorajadoras, já que postergar a idade em que uma criança se tornará um ateu na vida adulta não é o objetivo de nenhum pai cristão. Mesmo assim, embora seja limitado na aplicação, o estudo ajuda a confirmar a importância da religiosidade dos pais para as crianças.

Outro estudo recente encomendado pelo Programa de Florescimento Humano na Universidade de Harvard descobriu que os pais que educam seus filhos em uma religião podem ter certeza de que, na média, estão criando benefícios importantes de saúde psicológica e comportamental que seus filhos levarão consigo para a vida adulta.

Como afirma o pesquisador Tyler J. VanderWeele, crianças que foram criadas em um ambiente religioso ou espiritual consequentemente foram mais protegidas dos “três grandes perigos” da adolescência: a depressão, o abuso de substâncias e a exposição ao risco. Em comparação com ausência total, a participação pelo menos semanal a cultos religiosos foi associada com uma maior satisfação com a vida e com emoções positivas, além de várias qualidades de caráter, menor probabilidade de uso de maconha, da iniciação sexual precoce, e de menos parceiros sexuais ao longo da vida. Uma educação religiosa também mostrou contribuir para vários outros resultados positivos, tal como maior felicidade, mais engajamento no voluntariado da comunidade, um senso maior de missão e propósito e níveis mais altos de perdão.

Em idade adulta, crianças que frequentavam cultos religiosos regularmente eram 33% menos propensas a usar drogas ilícitas e 30% menos propensas à iniciação precoce na vida sexual. Eram também 87% mais propensas a níveis altos de perdão e 47% mais propensas a um alto senso de missão e propósito.

A Bíblia diz: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele ”(Pv 22.6). Este é um provérbio e não uma promessa, mas podemos ajudar a garantir que nossos filhos tenham os benefícios de uma vida de fé sendo um exemplo vivo. Precisamos poder dizer aos nossos filhos o mesmo que o apóstolo Paulo disse aos seus filhos espirituais: “Imitem-me”.

Como Paulo disse à igreja em Corinto, “pois eu, pelo Evangelho, vos gerei em Cristo Jesus. Admoesto-vos, portanto, a que sejais meus imitadores.” (1 Co 4.15-16). Ele também lhes disse: “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo.” (1 Co 11.1). Paulo repetiu essa admoestação várias vezes para as muitas pessoas e igrejas às quais ele servia como um pai espiritual (Fp 3.17, Fp 4.9, 2 Te 3.7-9, 2 Tm 3.10-11).

Temos a obrigação de seguir o exemplo de Paulo. Tal como disse o presidente do TGC, Don Carson: “Você alguma vez já disse a um jovem cristão: ‘Você quer saber como é que é o cristianismo? Olhe para mim!’ Se você nunca fez isso, você é anti-bíblico”.

Paulo foi capaz de dizer “siga meu exemplo” porque ele era digno de ser imitado, e ele era digno de ser imitado porque estava comprometido em imitar a Cristo. Se nós amamos os nossos filhos devemos fazer o mesmo, guiá-los a Deus mostrando para eles o que é seguir a Cristo na prática com o nosso exemplo.

Traduzido por David Bello Bondarenco.

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